"No domínio das finanças públicas não estou muito preocupado. As metas de redução do défice serão atingíveis, foram no passado e não tenho dúvidas que serão nos próximos anos", afirmou Carlos Costa Pina, governante no anterior Executivo, sublinhando a importância, neste domínio, de cumprir o plano delineado pela 'troika'..Costa Pina, que falava na conferência "E Depois da Troika?", organizada pelo Instituto de Direito Econonómico Financeiro e Fiscal (IDEFF) e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) a decorrer em Lisboa, socorreu-se do exemplo do ano de 2010, em que era ainda secretário de Estado, para afirmar que o anterior Executivo partiu de uma meta inicial de 8,3 por cento do PIB, para 7,3 por cento e mais tarde terá atingido os 6,8 por cento..Estes números foram no entanto alterados pelo Eurostat, de forma a incluir imparidades com o BPN, assim como da REFER, Metro de Lisboa e Porto, e ainda do accionamento da garantia dada aos empréstimo de um consórcio bancário ao BPP..Carlos Costa Pina defendeu, no entanto, a importância do objectivo de crescimento económico, e a importância central das pequenas e médias empresas (PME) neste ponto, lembrando que estas são responsáveis por mais de 80 por cento do emprego em Portugal e que, dentro destas, 10 por cento são exportadoras..Neste sentido, após afirmar que estas têm tido um "desempenho excelente" e do qual "Portugal se pode orgulhar", disse que este sector "tem de continuar a ser acompanhado".